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Bebê de 8 meses é retirada do próprio velório em SC após mexer mão, segundo funerária

Menina chegou a ser levada novamente ao hospital que fez a declaração do óbito. Segundo prefeitura, foi constatada de novo a morte e Polícia Científica far...

Bebê de 8 meses é retirada do próprio velório em SC após mexer mão, segundo funerária
Bebê de 8 meses é retirada do próprio velório em SC após mexer mão, segundo funerária (Foto: Reprodução)

Menina chegou a ser levada novamente ao hospital que fez a declaração do óbito. Segundo prefeitura, foi constatada de novo a morte e Polícia Científica fará laudo conclusivo. Bebê é retirada do próprio velório após mexer mão na Serra de SC Uma bebê de 8 meses foi retirada do próprio velório após apresentar sinais vitais em Correia Pinto, na Serra de Santa Catarina, na noite de sábado (19). Conforme a prefeitura, a criança foi levada ao hospital, que constatou novamente a morte. A Polícia Científica fará um laudo conclusivo em até 30 dias. O g1 entrou em contato com a Polícia Civil para saber se haverá investigação e não havia obtido retorno até a última atualização desta reportagem. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) afirmou que pediu apuração das circunstâncias da morte da bebê. Cristiano Santos, pai da menina, falou brevemente com a reportagem. "A gente já estava digamos que bastante transtornado. Aí surgiu um pouquinho de esperança ali e acabou acontecendo tudo isso", lamentou. O que aconteceu no velório O Corpo de Bombeiros Militar foi chamado perto das 19h. De acordo com a corporação, ao chegarem ao local do velório, já havia um farmacêutico. Este profissional usava um oxímetro infantil e verificou sinais de saturação de oxigênio e batimentos cardíacos na criança. Isso foi checado também com uso de estetoscópio. Segundo os bombeiros, os batimentos eram fracos. Além disso, a corporação fez um teste nas pernas da bebê, e elas não apresentavam rigidez. Com esses sinais, a criança foi levada ao hospital. Conforme os bombeiros, ao chegarem ao local, foram feitos novos testes de oxigênio e batimentos cardíacos, que resultaram em 84% a saturação de oxigênio e 71 batimentos por minuto. Em seguida, foi feito exame de eletrocardiograma, que não detectou sinais elétricos. A bebê permaneceu no hospital. O que diz o hospital A menina foi atendida na Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli. A prefeitura se manifestou por nota. De acordo com o município, inicialmente a bebê deu entrada no hospital por volta das 3h de sábado. "O atendimento foi realizado pela equipe plantonista, que constatou o óbito da criança", conforme a nota. Porém, por volta das 19h, a criança foi novamente levada ao hospital, desta vez pelos bombeiros, com relato de sinais de saturação de oxigênio. "A equipe médica, mais uma vez atendeu a criança, e foi constatado o óbito", continuou a nota. Diante da situação, a diretoria do hospital chamou a Polícia Científica, "que realizará a análise e emitirá o laudo conclusivo no prazo de aproximadamente 30 dias" (confira a nota na íntegra abaixo). O g1 aguarda manifestação da Polícia Científica sobre o caso. O que diz a funerária Áureo Arruda Ramos, proprietário da Funerária São José, conversou com o g1 sobre o que ocorreu no velório. Ele disse que foi chamado por volta das 4h20 de sábado. "A gente recebeu atestado de óbito do médico, doutor me passou. Lá a gente passa na porteira do hospital, faz o protocolo de recebimento da D.O. [declaração de óbito], assina o nome do agente funerário, nome de quem retirou, o nome da criança e o nome da funerária que recebeu isso e levamos para a funerária", relatou. "A família foi em casa buscar roupa. Trouxeram a roupa, deu um bainho nela. Não tem a mesma preparação de um adulto. Vestiu a roupa, colocamos na urna. Por volta de 6h15 mais ou menos o corpinho estava pronto. Foram chamar a avó da bebê, que mora próximo do interior. Ficamos com a bebê. O velório começou 7h". Ramos já atendia a outro óbito na tarde de sábado, na cidade vizinha de Lages, quando foi chamado novamente ao velório da bebê, por volta das 18h. "Eu recebi uma ligação quando estava próximo a Correia Pinto dizendo que achavam que a bebê estava viva porque puxava a mãozinha do bebê. Parece que o bebê puxava uma mão, apertava a mão". Ele orientou que a família chamasse os bombeiros ou algum médico do hospital que fez a declaração de óbito da criança e os socorristas foram acionados. Nota da Prefeitura de Correia Pinto Confira abaixo a nota completa da prefeitura. NOTA DE ESCLARECIMENTO A Prefeitura de Correia Pinto, por meio da Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli, se solidariza com a familia de Kiara Crislayne de Moura dos Santos neste momento de dor e esclarece que a paciente deu entrada no hospital por volta das 3 horas do dia 19 de outubro de 2024. O atendimento foi realizado pela equipe plantonista, que constatou o óbito da criança. Mais tarde no mesmo dia, por volta das 19 horas, a criança foi novamente trazida ao hospital pelo Corpo de Bombeiros Municipal, com relato de sinais de saturação. A equipe médica, mais uma vez atendeu a criança, e foi constatado o óbito. Diante dessa situação, a Diretora Geral da Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli prontamente acionou o Instituto Geral de Perícias (IGP), que realizará a análise e emitirá o laudo conclusivo no prazo de aproximadamente 30 dias. A Prefeitura de Correia Pinto reitera o seu compromisso em proporcionar o melhor atendimento para todos os cidadãos, e reforça que, em nenhuma circunstância, qualquer profissional pode emitir atestados ou declarações sem a devida constatação das condições do paciente. Além disso, todos os profissionais de saúde são constantemente orientados e treinados, garantindo que a vida e o bem-estar das pessoas sejam sempre a prioridade. Movimentos involuntários O pediatra João Guilherme Bezerra Alves explicou que parece possível que um bebê, ou qualquer pessoa, tenha movimentos involuntários após a morte. “Esses movimentos podem ocorrer devido à atividade residual nos músculos, como espasmos, contrações musculares ou liberação de gases. No caso de bebês, cujos músculos e sistema nervoso ainda podem estar mais reativos, esses espasmos podem ser mais perceptíveis”. Ele esclareceu: “Esses movimentos, chamados de rigor mortis ou espasmos cadavéricos, são causados por reações químicas nos músculos que ainda ocorrem por um curto período após a morte, antes que o corpo entre em um estado de rigidez”. Ele destacou, contudo, que essas situações não querem necessariamente dizer que a pessoa não está morta. “É importante notar que, embora possa parecer que o corpo esteja se movendo, esses movimentos são puramente reflexos involuntários e não indicam qualquer sinal de vida”. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias